terça-feira, 18 de junho de 2013

NOVA MANIFESTAÇÃO EM SALVADOR ESTÁ MARCADA PARA ESTA QUINTA FEIRA


 Uma nova manifestação em favor do Movimento Passe Livre e contra os gastos públicos para a Copa das Confederações e Copa do Mundo está marcada para esta quinta-feira (20), às 14h, no Campo Grande, em direção a Arena Fonte Nova.
A manifestação será no mesmo dia do jogo da Nigéria e do Uruguai, marcado para as 19h.
transporte coletivo livre de tarifas já é realidade em algumas cidades do Brasil. No entanto, a gratuidade, que é uma das reivindicações dos manifestantes que protestam contra o aumento do preço das passagens nas principais metrópoles brasileiras, é praticada apenas em locais em que a população não é muito grande – nos municípios de Agudos (SP), Ponto Real (RJ) e Ivaiporã (PR). Nos EUA, existem 32 cidades com média de 400 a 500 mil habitantes que adotam a medida.
Primeira manifestação em Salvador reuniu milhares de pessoas
Com cartazes de protesto nas mãos e entoando gritos de guerra, cerca de 8 mil pessoas participaram, nesta segunda-feira (07/06), na região do Iguatemi, de uma caminhada promovida pelo movimento Passe Livre Salvador.
Além de pedir gratuidade do transporte público para a população da capital baiana, os estudantes do ensino médio e superior, além de simpatizantes à causa que compareceram à manifestação, protestavam, também, contra as verbas públicas destinadas para as obras da Copa das Confederações e Copa do Mundo.
Por volta das 16h, cerca de 500 pessoas já se concentravam na Praça Newton Rique, em frente ao Shopping Iguatemi, onde decidiam o percurso da caminhada. Após a reunião, ficou estabelecido como rota a Avenida Tancredo Neves, sentido Hospital Sarah, com retorno pela Estação de Transbordo.
Desde o início da aglomeração, a Polícia Militar (PM) acompanhou a movimentação de perto. “Estamos aqui apenas para garantir que eles [manifestantes] exerçam o direito constitucional deles, mas que tudo seja feito dentro da lei e da ordem”, assegurou o tenente-coronel Baqueiro.
Os manifestantes iniciaram a caminhada no semáforo em frente ao Iguatemi, parando todo o trânsito da Av. ACM sentido Av. Tancredo Neves e, posteriormente, atingindo as avenidas que levam àquela região.
No decorrer do percurso, o movimento foi ganhando grandes proporções com a chegada de grupos de estudantes de várias instituições de ensino e representantes de outros movimentos sociais. 
Membros de alguns partidos políticos tentaram expor bandeiras das respectivas siglas, mas foram coibidos pelos manifestantes, apesar de seguirem na caminhada.
De acordo com membros do movimento, a manifestação não tem uma liderança definida nem pertence a partidos políticos. “O intuito do movimento é ser popular e não partidário, mas não podemos impedir que pessoas de partidos políticos participem porque elas são livres”, observou a estudante de direito Emile Costa.
Tensão
Apesar de não ter ocorrido qualquer confronto com a Polícia, a caminhada teve alguns momentos tensos. Um deles aconteceu quando uma mulher tentava conduzir o carro no estacionamento de um estabelecimento no fim da Av. Tancredo Neves. A motorista saía com o veículo no exato momento em que a caminhada chegava àquele ponto da via e foi preciso a intervenção pacífica de alguns policiais.
Já em um posto de gasolina antes da entrada do Stiep, alguns manifestantes não permitiram a saída de um carro, mas, ao mesmo tempo, outros participantes da caminhada mandavam que o veículo fosse liberado.
Próximo da Estação de Transbordo, algumas pessoas se assustaram e outras correram após ouvir o som de duas explosões. Alguns manifestantes acharam se tratar de confronto com policiais, mas logo foi percebido que se tratava de fogos de artifício.

Contra a Copa
“Da Copa eu abro mão, eu quero investimento para a saúde e educação”, dizia um dos gritos de guerra. Os protestos, que nasceram como reivindicação por gratuidade do transporte, foram motivados por insatisfações quanto aos gastos públicos com a Copa.
“Se tem dinheiro para investir em estádio, por que não investir no que realmente interessa para o povo?”, criticou o estudante de Ciências Sociais e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufba.
O médico Vicente Aguiar também marcou presença para apoiar os protestos. “Não é só o passe livre. O movimento acabou somando as várias insatisfações dos brasileiros. E isso acabou se intensificando com os movimentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”, disse.

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